FEMINISMO E NEOLIBERALISMO NA CONTEMPORANEIDADE: UMA “NOVA RAZÃO” PARA O MOVIMENTO DE LIBERAÇÃO DAS MULHERES?

Autores

  • Fernanda Luíza Silva de Medeiros

DOI:

https://doi.org/10.4322/tp.v26i3.613

Resumo

Com o advento da globalização e a crescente desconfiança em relação ao Estado e ao capitalismo estatal, contra quem se opunha a 1ª onda do movimento feminista no século XX, o movimento de liberação das mulheres passou a agir com ambiguidade em relação ao capitalismo. Ainda que essa relação ambígua tenha atingido seu ápice no final da 2ª onda feminista, é na 3ª fase do movimento que ela resulta em uma relação mais complexa entre o feminismo e o neoliberalismo, indicando pontos em comum e pontos de conflito entre os dois. Assim, este artigo busca responder à seguinte questão: como se dá a relação entre a terceira onda do movimento feminista e o neoliberalismo? Por meio de revisão bibliográfica atualizada, identificou-se três principais dimensões desta relação. Primeiro, a barganha, em que há uma troca de princípios e ideais entre o neoliberalismo e o feminismo; nesse caso, a troca é horizontal e ocorre como uma absorção de ideias. Em segundo lugar, a instrumentalização, em que o movimento feminista foi cooptado pelo neoliberalismo, sendo utilizado como ferramenta de expansão pelo capitalismo na área econômica e como bandeira do individualismo na área política. Por fim, a reafirmação identitária, em que o movimento feminista na terceira onda apresenta preceitos pós-modernos focados em elementos identitários e, por isso, transita entre o individualismo neoliberal e a coletivização dos movimentos sociais.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

02/05/2018

Como Citar

MEDEIROS, F. L. S. de. FEMINISMO E NEOLIBERALISMO NA CONTEMPORANEIDADE: UMA “NOVA RAZÃO” PARA O MOVIMENTO DE LIBERAÇÃO DAS MULHERES?. Teoria & Pesquisa Revista de Ciência Política, São Carlos, v. 26, n. 3, 2018. DOI: 10.4322/tp.v26i3.613. Disponível em: https://www.teoriaepesquisa.ufscar.br/index.php/tp/article/view/613. Acesso em: 19 abr. 2024.

Edição

Seção

Dossiê Gênero é Política

Métricas