Teoria & Pesquisa: Revista de Ciência Política https://www.teoriaepesquisa.ufscar.br/index.php/tp <p>A <strong>Teoria &amp; Pesquisa: Revista de Ciência Política </strong>é uma Publicação Contínua do <a href="https://www.ppgpol.ufscar.br/pt-br" target="_blank" rel="noopener">Programa de Pós-Graduação em Ciência Política da Universidade Federal de São Carlos – UFSCAR</a>.</p> <p>Iniciada em 1992, a <strong> Revista </strong>estava vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da UFSCar (programa hoje extinto). A partir de 2012, com um novo projeto gráfico e editorial, a revista passou a ser a publicação oficial do Programa de Pós-Graduação em Ciência Política, o que implicou na mudança do subtítulo da revista. Assim nasceu a <strong>Teoria &amp; Pesquisa: Revista de Ciência Política</strong>. </p> <p>A revista aceita artigos em português, inglês e espanhol e tem por objetivo fomentar o debate científico, veicular e difundir artigos originais relacionados aos variados temas da Ciência Política e suas subáreas.</p> Universidade Federal de São Carlos (UFSCAr) pt-BR Teoria & Pesquisa: Revista de Ciência Política 0104-0103 30 ANOS DE TEORIA & PESQUISA https://www.teoriaepesquisa.ufscar.br/index.php/tp/article/view/1022 <p>Professor Titular Sênior do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal de São Carlos, João Roberto Martins Filho é Doutor em Ciências Sociais pela Universidade de Campinas (1993), tem como principal linha de pesquisa Forças Armadas e Política. É autor de diversos livros, como Segredos de Estado: o governo Britânico e a tortura no Brasil, 1968-1976, publicado pela editora Sagga em 2019.</p> Barbara Lima Mercia Alves Copyright (c) 2023 Teoria & Pesquisa: Revista de Ciência Política 2023-02-14 2023-02-14 31 2 146 151 10.31068.310208 Editorial https://www.teoriaepesquisa.ufscar.br/index.php/tp/article/view/1021 <p>É com grande satisfação que lançamos o no. 2, vol. 31 de 2022 da Teoria &amp; Pesquisa: Revista de Ciência Política. Trata-se de uma edição muito especial para nós, pois materializa a comemoração de 30 anos da Revista e, para deixar registrada a data Bárbara Lima e Mércia Alves entrevistaram o Prof. Dr. João Roberto Martins Filho, idealizador do periódico juntamente ao Prof. Dr. Fernando Azevedo.</p> Simone Diniz Mércia Alves Copyright (c) 2023 Teoria & Pesquisa: Revista de Ciência Política 2022-12-30 2022-12-30 31 2 1 2 10.31068.310200 Construção de narrativas em contextos de crise: coletivos de comunicação das periferias na pandemia de Covid-19 https://www.teoriaepesquisa.ufscar.br/index.php/tp/article/view/902 <p>O artigo tem como foco compreender os quadros interpretativos elaborados pelos coletivos de comunicação das periferias, durante a pandemia de Covid-19. Ela se tornou um momento de grande mobilização social, à medida em que as autoridades públicas e parte da sociedade negavam a sua gravidade. A maneira como ela está sendo vivenciada pelas periferias, dado o descaso estatal, só pode se tornar pública através da ação coletiva e da disputa de narrativa sobre a situação. Existem disputas tanto relacionadas à identificação de problemas e culpados, definição do que é a pandemia e como está sendo vivenciada; quanto com relação a quais são as soluções, o que vem depois, o que seria o novo normal. A pesquisa foi feita mediante coleta de dados em plataformas digitais – Twitter e Facebook – e realizamos análise de conteúdo das publicações em <em>software </em>de análise qualitativa, a fim de mapear as principais categorias que identificam os quadros dos coletivos de comunicação periféricos nesse contexto.</p> Mariana de Souza Fonseca Copyright (c) 2023 Teoria & Pesquisa: Revista de Ciência Política 2023-02-14 2023-02-14 31 2 3 27 10.31068.310201 A “Guerra cultural” e a representação feminina no Brasil https://www.teoriaepesquisa.ufscar.br/index.php/tp/article/view/949 <p><span style="font-weight: 400;">&nbsp;</span><span style="font-weight: 400;">O presente trabalho tem como objetivo a análise da produção legislativa da bancada feminina na Câmara dos Deputados, em específico durante o ano de 2019. Partindo da teoria feminista e suas críticas à teoria democrática, assim como a literatura sobre a crise da democracia liberal, iremos considerar a reprodução da divisão sexual do trabalho no âmbito institucional seus efeitos sobre a produção legislativa e o seu envolvimento com a polarização presente nas eleições de 2018. Em primeiro momento, observamos os Projetos de Lei relacionados à sua temática, e em seguida, analisamos o escopo daqueles que lidam ou manifestam relação com os direitos das mulheres. Os resultados sugerem que a bancada feminina segue a tendência apontada pela literatura, ao seguir por temas específicos, e tendo Direitos Humanos e Minorias como a sua maior produção.</span></p> Thamires Costa Rodrigues Lima Gabriella Maria Lima Bezerra Copyright (c) 2023 Teoria & Pesquisa: Revista de Ciência Política 2023-02-14 2023-02-14 31 2 28 47 10.31068.310202 A concepção de justiça social nos conteúdos sobre saúde divulgados por Jair Bolsonaro em 2020 https://www.teoriaepesquisa.ufscar.br/index.php/tp/article/view/945 <p>O trabalho se vincula à corrente analítica de pesquisas em ciências sociais. Neste sentido, o artigo compara a concepção de justiça que se expressa no texto constitucional do Sistema Único de Saúde (SUS) e a concepção de justiça expressa nos conteúdos sobre saúde divulgados pelo presidente da república, durante a pandemia do COVID-19 em sua rede social do Facebook. Buscou-se responder a seguinte pergunta: existe alguma contradição entre as duas concepções em foco? São desenvolvidos dois passos metodológicos para responder tal indagação. Analisa-se o texto constitucional que versa sobre o SUS na pretensão de interpretar qual é a concepção de justiça social que subjetivamente norteia os argumentos ali apresentados. Em segundo momento, a pesquisa foca nos conteúdos publicados na página oficial do Jair Bolsonaro na plataforma digital do Facebook, entre 26 de fevereiro e 31 de outubro de 2020. Como resultado, encontrou-se uma aparente diferença entre a justiça social por trás dos preceitos constitucionais do SUS e a concepção de justiça social nas publicações do Jair Bolsonaro. O primeiro, é carregado por conceitos amplos, onde a perspectiva de vida do cidadão é garantida pela atuação e por um protagonismo do Estado. Enquanto que as postagens do presidente refletem um caráter individualista, no qual a engrenagem principal de promover uma ação é o cidadão. Essa é a principal divergência encontrada. Espera-se que a pesquisa contribua para discussão teórica em torno de aspectos subjetivos ligados a uma política pública.</p> João Gabriel Ribeiro Pessanha Leal Larissa Martins Marques Copyright (c) 2023 Teoria & Pesquisa: Revista de Ciência Política 2023-02-14 2023-02-14 31 2 48 64 10.31068.310203 Democracia anti-antropocêntrica https://www.teoriaepesquisa.ufscar.br/index.php/tp/article/view/929 <p style="margin: 0cm; margin-bottom: .0001pt; text-align: justify;"><span lang="PT-BR">O artigo examina condições de possibilidade política, ética e estética de uma democracia representativa anti-antropocêntrica, ou seja, que tematiza e mobiliza dispositivos políticos para tratar vieses de tomadas de decisão política que impactam entidades extra-humanas. Para realizar tal objetivo, examinamos, primeiramente, fundamentos biológicos e ontológicos que sustentam a hipótese de que quaisquer entidades sensíveis são portadoras de um tipo de interesse inalienável: o de perseverar na própria existência. Considerada a validade e consequências dessa hipótese, transportamos a mesma para uma reflexão clássica da democracia representativa, que diz respeito das possibilidades e desafios de alargar esse regime político para que ele promova reconhecimento legal, político e moral de interesses tais inalienáveis. Nesse passo, ponderamos sobre desafios e possibilidades de tratamento do (insuperável) viés antropocêntrico em tomadas de decisão política acerca de extra-humanos a partir da possibilidade desses últimos tornarem-se minimamente representados, audíveis e visíveis. Em busca de esboçar respostas para essa problemática, apresentamos três condições necessárias para que tal reconfiguração anti-antropocêntrica possa ser operada em democracias representativas: a) inclusão de povos indígenas em tomadas de decisão acerca de entidades extra-humanas; b) experimentação de dispositivos deliberativos que suportem uma interação dissensual entre representantes de ontologias distintas; c) mobilização de dispositivos imagéticos e audiovisuais que minorem as “incomensurabilidades” de ser afetado pelos interesses inalienáveis de outos modos de existência.</span></p> Lucas Henrique Nigri Veloso Ângela Cristina Salgueiro Marques Copyright (c) 2023 Teoria & Pesquisa: Revista de Ciência Política 2023-02-14 2023-02-14 31 2 65 85 10.31068.310204 Desdemocratização no Brasil https://www.teoriaepesquisa.ufscar.br/index.php/tp/article/view/922 <p><span data-contrast="none">Este trabalho&nbsp;dialoga com a literatura recente sobre as&nbsp;“crises da democracia” do século XXI, a partir de um estudo empírico das mudanças na legislação urbana federal no Brasil desde o governo de Michel Temer até meados do governo Bolsonaro. A pesquisa é essencialmente qualitativa, feita a partir de&nbsp;um levantamento&nbsp;nos sites do parlamento de leis federais de impacto urbano. &nbsp;Assim, refletimos sobre a seguinte pergunta: o que o campo da política urbana pode nos dizer sobre o processo de desdemocratização&nbsp;no Brasil? &nbsp;Concluímos que as mudanças nas políticas urbanas confirmam um&nbsp;retrocesso democrático significativo, e que, além disso, fornecem evidências de que o processo de desdemocratização brasileiro diverge significativamente daquele descrito na literatura do Norte.</span><span data-ccp-props="{&quot;134233279&quot;:true,&quot;201341983&quot;:0,&quot;335551550&quot;:6,&quot;335551620&quot;:6,&quot;335559731&quot;:720,&quot;335559739&quot;:160,&quot;335559740&quot;:360}">&nbsp;</span></p> Lara Caldas Copyright (c) 2023 Teoria & Pesquisa: Revista de Ciência Política 2023-02-14 2023-02-14 31 2 86 105 10.31068.310205 O sujeito político LGBTQIA na teoria marxista https://www.teoriaepesquisa.ufscar.br/index.php/tp/article/view/927 <p>O objetivo deste artigo é compreender o lugar do sujeito político LGBQIA na teoria marxista em diálogo com as proposições teóricas com o feminismo marxista e o feminismo <em>queer. </em>Para tanto, nosso ponto inicial corresponde ao debate com o feminismo marxista do final da década de 1970 e início da década de 1980, tendo como base as análises sobre os sistemas duais de Heidi Hartmann. Em seguida, situamos a emergência das categorias de gênero e sexualidade a partir dos estudos <em>queer</em> e a virada em relação às políticas de reconhecimento. Por fim, analisamos as considerações de Judith Butler, Nancy Fraser e Cinzia Aruzza sobre a relação entre teoria <em>queer, </em>pensamento marxista e os debates paradigmáticos entre redistribuição e reconhecimento como um momento concreto de possibilidade de renovação do marxismo, no sentido de incorporar as dimensões da opressão sexual e de gênero ao projeto teórico-político de transformação proposto pelo marxismo.</p> Zeonyr Conrado Copyright (c) 2023 Teoria & Pesquisa: Revista de Ciência Política 2023-02-14 2023-02-14 31 2 106 124 10.31068.310206 As Organizações de Mulheres Negras no Brasil e a incidência política (2014-2019) https://www.teoriaepesquisa.ufscar.br/index.php/tp/article/view/940 <p>Este trabalho analisa a incidência política das organizações da sociedade civil<br>(OSC) de mulheres negras durante os anos de 2014 a 2019 no Brasil. Utilizou-se a abordagem<br>qualitativa para a coleta de dados, por meio da realização de 12 entrevistas semiestruturadas<br>com representantes das organizações de mulheres negras de todas as regiões do país. A<br>análise dos dados foi feita a partir da técnica da análise de conteúdo. As categorias de análise<br>foram construídas a partir do roteiro de entrevistas. As organizações de mulheres negras se<br>articulam em prol das suas demandas específicas, porém, percebe-se que o movimento de<br>mulheres negras centra o seu compromisso com a justiça social, visando também outros<br>grupos oprimidos ao lutar contra o sistema que as oprime. As organizações possuem um<br>entendimento de incidência que envolve principalmente ações de controle social realizadas<br>por meio dos conselhos (municipais, estaduais e nacionais), bem como seus relacionamentos<br>de diálogo com os governos.</p> Elissa Emily Andrada Marques Maria Alejandra Nicolás Copyright (c) 2023 Teoria & Pesquisa: Revista de Ciência Política 2023-02-14 2023-02-14 31 2 125 145 10.31068.310207